maio 29, 2006

A menina nova ganhou um nome: Dida. Não é homenagem ao goleiro da Seleção, não. É Dida de escondida - porque ela demorou a explorar a casa. Didinha é amarela e linda, com um olhar tranqüilo, como bem observou o filho que a batizou.

E como ter 15 gatos é pouco, apareceu outra. O Jefferson, veterinário da tropa, diz que na minha casa os gatos brotam. Desconfio que é verdade. Esta de hoje apareceu no colo de uma senhora que, há algum tempo, deixou uma gatinha preta comigo. Essa gatinha era dela e apareceu no jardim da casa da frente, casa cuja dona odeia animais. A faxineira de casa, que trabalhava lá naquele dia, achou que era minha – a família preto de casa é imensa – e soltou a bichinha no jardim. Pra encurtar a história, a Queca, como a chamamos, era mal-humorada e não gostava de gatos. De gente sim, desde que por pouco tempo, em condições de tempo e temperatura controladas. Aí apareceu a dona – essa mulher da qual já falei – dizendo que a gata se chamava Yoko e tinha fugido do apartamento por ciúme, porque ela arrumou outro gato. Aconselhei-a a por tela nas janelas, como medida de segurança, para o outro gato não fugir também. Respondeu que não valia a pena, porque o apartamento era alugado e, como estava agora no 10.º andar (tinha mudado, antes era no 1.º), não tinha perigo porque era muito alto e o gato não ia pular. Mas ela, agora, não queria mais a Yoko, porque o outro gato era muito mais simpático. Queca/Yoko vivia na rua e acabou atropelada. Sentimos, mas não muito porque ela morava em casa, mas não podia ser chamada de nossa...

(Parênteses de maldade: o tal gato mais simpático da senhora que não quis mais a Queca/Yoko pulou da janela do 10.º andar e morreu. Agora, ela disse que vai botar rede na janela antes de pegar um outro gato.)

Mas a tal senhora baixou em casa hoje com uma menina linda, linda. Branca, de manchas rajadas no corpo e rabo inteiro rajado. Os olhos têm um risco que lembra as máscaras egípcias. Um charme. Boazinha, não foge, curte colo. Não por muito tempo – afinal, criança tem de ficar solta. Fuça por todo canto, sem o menor constrangimento. Desconfio que tem dono e escapou da casa por algum bom motivo. Fiquei com ela e vou avisar o vigia da rua. Se não aparecer o dono, a gente fica com ela. E aí dá um nome.

Acho que de 15 pra 16 a diferença não é tão grande...

E ela é tão linda...