novembro 12, 2008

Sabiás comilões


Há algumas semanas, uma sabiazinha resolveu fazer o ninho dela na árvore em frente de casa. Teve três filhotes e, por um tempo, a diversão em casa era acompanhar as idas e vindas da passarinha levando comida pros filhotes. Foi quando a gente decidiu colocar frutas no jardim, para facilitar a vida da sabiá. E ela vinha. E atrás dela, outros sabiás apareceram. Os gatos ficaram alvoroçados, espiando essa passarinhada toda da janela da sala. Só espiando: a tela não deixa que eles saiam caçando...

No meio do caminho, um gato safado, que não é meu, subiu na árvore. Acho que comeu um dos filhotes. Os outros dois, assustados, caíram da árvore. Isso tudo bem na hora em que o filho estava chegando em casa, perto das 6 da manhã. Ele veio me acordar: “Mãe, o filhote caiu do ninho!” Lá fomos nós recolher os filhotes... Colocamos num balde grande, no terraço, para a mãe não ter dificuldade de achar. Um deles saiu voando logo em seguida. O outro ainda demorou um pouco, mas a mãe ficava sempre por perto, ajudando. Até que foi embora também (a foto foi feita pelo filho, do sabiazinho que foi embora depois).

Mas agora, o engraçado é que toda hora tem passarinho ciscando no jardim, atrás da fruta. Mamão é a favorita. Já tentamos banana, maçã, manga... Não tem jeito: mamão é sucesso de público e crítica. E eles sabem que é a gente que coloca a comida pra eles. Não estranham nada. Tanto que às vezes alguém sai de casa e, se eles estão lá, comendo, nem se abalam. Continuam onde estão. E quando não tem comida, fazem uma barulheira danada.

Num domingo, o filho ia saindo de casa e um sabiá – não sabemos se é a mãe, o filhote ou outro, eles são todos iguais! – pousado no muro começou a reclamar. E o filho ainda respondeu! “Chi, a Adelina não vem hoje. Comida, só amanhã”. E agora há pouco, três sabiazinhos estavam em conferência no jardim, fazendo uma algazarra em torno do prato vazio de frutas (a que pusemos ontem já tinha acabado), como se estivessem reclamando.

Fui lá e coloquei meio mamão. Eles fizeram silêncio.

Pelo jeito, arrumei mais alguns bichinhos...

novembro 10, 2008

Profilteroles


O nome intriga. Profit, tanto no inglês como no francês, é lucro, ganho, aproveitar. Alguém certamente ganhou muito dinheiro com isso. O fim de semana não teve a Pavlova da Nigella, mas teve uma passada na Di Cunto, verdadeira perdição. Aproveitei pra comprar uma bandeja de profiteroles – igual essa aí da foto.

Em Paris, coma profiterole na sobremesa. É imperdível. Acho que é bom em qualquer restaurante. Mas aqui em Sampa, os melhores são mesmo os da Di Cunto. Quando estiver passando pelo Ipiranga, aproveite e conheça o lugar. Não vá com fome: mesmo sem fome a gente gasta um monte de dinheiro só em coisas de comer.

E compre profiteroles...

* * * * *

Teve trabalho, também. Mas isso foi o de menos.

novembro 09, 2008

Freddie e Jonathan


O filme se chama August Rush – aqui, ganhou o absurdo nome de O Som do Coração. Era a estréia no Telecine e por causa do sujeito aí da foto – Jonathan Rhys Meyer, sem dúvida, está na lista dos meus 10 mais bonitos -, decidi assistir. Ele está lindo, sempre está. Mas não é só.

O filme é uma lindeza: um conto de fadas moderno, doce, gostoso. E é covardia colocar Freddie Highmore como protagonista. É querer colocar todos os outros atores em segundo plano. Adorei o garoto em Finding Neverland e foi uma delícia vê-lo ao lado de Johnny Depp e Kate Winslet, fazendo o pequeno Peter. Aqui, ele engole todo mundo – até Robin Williams, totalmente fora de esquadro no papel que lhe deram. O menino sorri, feliz, e parece que a cena se ilumina...

E a música! Ficou a impressão de que escolheram as músicas e então fizeram o filme. Jonathan faz um roqueiro irlandês – e canta! Agora, vou atrás da trilha sonora. Mas não é só por causa dele, não. As músicas são lindas.

Rhys Meyer é irlandês, então não teve dificuldade nenhuma com o sotaque – só teve de ser ele mesmo... Descobri que tem a idade de meu filho mais novo e que não é a primeira vez que ele canta em um filme.

Já não chega toda a mística que tenho em relação à Irlanda e ainda me aparecem esses irlandeses de tirar o fôlego...