agosto 12, 2005

Sexta-feira veio, passou e já está indo embora. E minha maravilhosa semana de folga também. Agora, só tem mais o fim de semana e acabou. Que pena...

Mas hoje passei o dia com o neto, uma figurinha linda e macia. E com a filha, uma mulher bonita e forte e, ao mesmo tempo, tão frágil e delicada. E foi bom, muito bom. A vida deveria ter mais desses momentos alegres e tranqüilos.

Mas não posso reclamar de falta de momentos bons, alegres e tranqüilos. Foram muitos, felizmente. E sei que outros haverão, tão gratificantes quanto os de hoje. Felizmente.

No fundo, é tudo uma questão de se curtir o momento, de aproveitar o que está acontecendo, sem se preocupar com o que vem depois ou o que rolou antes. E, pelo que ando notando, cada vez menos gente se liga no momento, sempre de olho no que foi ou no que será. Ou pensando em coisas ruins que podem acontecer - isso é pior do que qualquer coisa.

Otimismo demais não funciona, mas pessimismo é pior. Minha filha escreveu no blog dela alguma coisa mais ou menos assim: 'quando a lagarta pensou que tudo tinha acabado, viu que tinha virado borboleta'. É isso, não se acaba, só muda. Por isso tem de ser aproveitado e curtido.

Mas frase boa mesmo pesquei no blog do meu filho: 'odeio quando você vai, mas adoro ver você indo'. Retirada diretamente da fala de um personagem de filme. Cafajeste? Talvez. Mas muito bem sacada!

Minhas visitas aos blogs estão rendendo excelentes coisas!

agosto 11, 2005

Quinta-feira, mesmo de folga, é bom colocar as barbas de molho junto com o lombo. Aliás, ele vai cada vez melhor. Passei boa parte do dia costurando. Melhor assim.

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Tenho três filhos. Amo todos eles - mas eu sou a mãe, está no meu papel fazer isso. Tem dia que gostaria de não ter nenhum, assim como tem dia em que gostaria de estar sozinha no mundo. Como já dizia alguém que trabalhou no jornal há algum tempo, tem dia que de noite é foda...
São três, cada um é um muito particular. Talvez a única coisa que tenham em comum sejam os pais. E o Corinthians, claro. Não gostaria que eles fossem iguais. Seria muito chato. Seria? Não sei. Não consigo pensar em duas pessoas iguais... Mas acho bom que eles sejam diferentes. Só gostaria que eles lembrassem que são diferentes e, por isso, têm pensamentos e pontos de vista diferentes. Sentem diferente, mostram esses sentimentos de forma diferente.
Assim é a humanidade, não é mesmo? Cada é um é um e, embora existam pontos em comum, a essência é outra. Eu posso aceitar que o outro goste de verde, mesmo que eu goste só de azul. Assim é com todo mundo, acho. E posso tentar entender o que o outro vê de tão especial no verde e não ache o azul tão maravilhoso quanto eu. Assim como posso explicar porque azul é o máximo e verde, nem tanto. E, se a gente pensar bem, um é resultado do outro e ambos são descendentes do branco, que não tem nada a ver com o peixe e nem foi discutido.
Ou seja, tudo é uma questão de conversar, de querer conversar e entender. De guardar as pedras no bolso, de abrir o punho fechado, de um fechar a boca e outro abrir os ouvidos e vice-versa.
Claro que nem sempre é possível. Nem sempre todos têm disposição. Mas...
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Tem um cururu americano na cidade, pra fazer palestra sobre liderança. O cara, cujo nome não lembro, entrou em crise profissional, familiar, pessoal. E foi se enfiar num mosteiro tibetano onde descobriu que o verdadeiro líder não comanda, mas serve os comandados. E agora sai pelo mundo apregoando a descoberta e reconhece que, embora o livro que escreveu esteja no topo da lista dos mais vendidos, muito pouca gente coloca em prática o que ele aconselha. Porque dá trabalho. Porque implica mudar a si mesmo - e aí entra o bom e velho 'eu sou assim, o que posso fazer?'.
Acho que vou procurar um mosteiro tibetano também...
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E como fazem as mães com cinco, seis filhos?

agosto 10, 2005

Não esqueci de colocar antes, não, é que não tinha nada a ver com o peixe. Mas a novidade é que cortei o cabelo. Cortei, não: tosei. Ficou repicadinho, arrepiadinho, uma graça. Adorei. Estava com vontade de fazer isso faz tempo. Hoje eu fiz.

Vai ter um monte de gente me dando bronca. Mas pouca gente sabe o tanto que eu detesto ficar me preocupando com cabelo. Taí, nascemos com ele, conservamos limpinho. Mas não precisa ser grande, nem ocupar horas do dia cuidando dele. Cabelo, pra mim, tem de ser lavado. E só.

De mais a mais, me deu vontade de mostrar a cara. Em todos os sentidos. Um pouco de rebeldia não faz mal a ninguém, em nenhum momento da vida, certo?

Mas não sei se vou conseguir ir mais longe do que o corte de cabelo...
Tem gente que acha que eu sou maluca, mas adoro tênis. O esporte, não o calçado. E, sempre que tenho chance, estou vendo algum jogo na televisão. Daí me acharem maluca. Parece que pouca gente curte ver tênis pela TV. Mas, pra ver as feras, tem de ser pela TV mesmo. Não tem outro jeito.

Hoje vi o velhinho Agassi batendo o Bjorkman, no Mastes Series do Canadá. O velhinho tem, acho, 35 anos. O Bjorkan tem 33. Jogaram muito. O Agassi ganhou. E não foi, em nenhum momento, um jogo de velhinhos. Tirando o velhinho japonês que vez 100 metros em 22 segundos, queria ver um velhinho de verdade aguentando o bombardeio e a correria que foi aquele jogo.

Aí, fiquei pensando como um cara pouco mais velho que meus filhos pode ser considerado velhinho. Bom, esporte parece ter dessas coisas. Qualquer cara com mais de 30 já é considerado 'passado'. E se a gente pensar que o primeiro do ranking acaba de completar 24 anos, dá pra entender porque 35 é muito. Se bem que, pelo andar da carruagem, acho que o Federer ainda vai me dar muito prazer. O cara joga muito - e com uma elegância e uma classe que raramente se vê nas quadras. E, de quebra, dizem que é um dos jogadores mais simpáticos do circuito. Além de ser uma festa para os olhos femininos...

Bom, então dá pra se concluir que velhice é uma questão de ponto de vista. Por isso é que eu digo que não existe velhice. Existe juventude acumulada. E, dependendo de como foi essa juventude, ela pesa pra caramba.

Então, tá explicado o cansaço que venho sentindo...

agosto 08, 2005

Postar de casa é novidade, pelo menos nos últimos tempos. É mais fácil eu escrever e fazer alguma coisa no computador do jornal. Matar o tempo que o Mesquita me paga. Uma coisa assim meio como gazetear aula...

Mas consegui a semaninha desejada. Tenho certeza quase absoluta que não vou voltar 100%, mas om certreza estarei melhor. Saco cheio a gente cura com afastamento. E isso eu estou tendo, na medida do possível...

Hoje fiz um monte de nada. Fui ao massagista - hoje eram os ombros e o pescoço que estavam prejudicados - e como doeu!!! O lombo vai se recuperando devagar. Esse trabalho de funilaria de fato tem de lento e gradual. Bom, tem algum tempo de estrago pra ser recuperado, não vai ser em meia dúzia de sessões que vou conseguir. Mas espero, sonho com a hora em que vou me movimentar sem sentir nada. Será que chego lá? Tomara!

Acertei três números da Megasena. Três não dá nada, só raiva. Mas não fiquei com raiva, não. Fiquei contente, esperançosa. Quem sabe não está perto o momento de ganhar alguma coisa? Tá bom, deixa eu sonhar em paz... Mas pelo menos eu sonho.

Já tenho tudo esquematizadinho na cabeça. Metade fica pra mim, a outra metade será dividida entre filhos, ex-maridos e irmãs. A prioridade para os meus gastos são minhas dívidas e minha casa (que não é uma dívida, é um pesadelo), nessa ordem. Se der, uma aplicação que me desobrigue do trabalhar, sem abrir mão dos meus pequenos luxos. Se sobrar, talvez uma casinha no litoral. Paraty ou Ilhabela, ainda vou resolver.

Não faço questão de que seja muita grana, embora, pra sonhar, é bom sonhar grandão. E sonhar economizando não é sonhar, é continuar com os pés no chão, o que é ridículo quando se sonha. E se saiu um prêmio de R$ 51 milhões pra um cururu só, porque não pode sair um de R$ 4 ou R$ 5 milhões só pra mim?

E como todo mundo vai estar mais ou menos garantido, vou pro mundo. Ver coisas que sempre tive vontade de ver, mas nunca tive como. Ou tive e deixei passar, sabe-se lá. Mas, desta vez, não escapa.

Enquanto isso, vou curtindo a semaninha com um monte de nada a fazer. Um hora eu consigo ter o resto da vida sem nada a fazer.