novembro 10, 2007

Notícias do jardim


Claro que o hibisco abriu. Mas foi um anticlímax. Foi bem num dia de chuva e ficava difícil ir para o jardim admirar a beleza dele... Mas o filho fotografou e aí está a foto. No dia seguinte, como todo bom hibisco, não tinha mais nada... Bom, outros hão de florir. E tem outras duas espécies que ainda não deram sinal de flor.

E a flor de outubro foi igual – e esta nem fotografei. A bandida me abriu do meio para o final da tarde e, quando vi, já estava escurecendo. Aliás, as bandidas – eram duas. Fecharam à noite e começaram a murchar logo em seguida. Agora, só no ano que vem: a chuva derrubou os outros botões, que ainda estavam pequeninos.

Mas a cebolinha (não sei como se chama, só sei que ela floresce quando chove) finalmente deu flor. Linda, simples e cor de rosa. Eu a chamo de cebolinha por causa da folha, comprida e final, igual a uma cebolinha. E é um bulbo. Tenho plantada no jardim há tempos, sempre esperando a flor, que acho linda e que me lembra minha mãe, que tinha um monte no quintal de casa. Ela vivia reclamando que a flor só aparecia quando chovia. E, aqui em casa, a minha tomou um monte de chuva, mas precisou atravessar um período de seca brava pra mostrar as flores. Agora foi!

Quem também lembra a casa da mãe é a nandina – ela tinha uma touceira imensa e costumava lembrar que no Japão as folhas do nanten eram usadas para decorar os pratos. Lembro de um aniversário meu em que servi sushi e sashimi para um monte de gente (não fui eu quem fez, não, encomendei de uma senhora de um lugar longe, acho que era no Jabaquara) e pedi para minha irmã trazer as folhas para enfeitar os pratos. Ficaram bons, mas não tão lindos quanto os servidos em restaurantes japoneses... Comprar a primeira muda foi engraçado, não sabia o nome da planta em português. Por sorte, encontrei uma flora cuja dona sabia o que eu estava procurando. E agora está lá no jardim, crescendo e se reproduzindo, dando flores e frutos...

A chuva e a ventania despencaram o incenso – a árvore é muito bonita, mas é bom não mexer muito com ela. Sufoca. O nome não vem do nada: o cheiro de incenso impregna a mão, o nariz e demora a sair. Mas no final da tarde de um dia quente e ensolarado, depois da clássica e tradicional chuva, o jardim fica deliciosamente perfumado.A chuva e vento derrubaram minha arvorezinha. Na verdade, o que quebrou foi o galho que eu tinha colocado pra sustentar a planta, que cresceu tortinha e precisa de ajuda para se equilibrar. Usei um galho seco, ficou bonito, mas apodreceu e quebrou. Troquei por um cabo de vassoura. Que, um dia, também vai apodrecer a cair. Espero que até lá o incenso se segure sobre as próprias raízes...

Tanta chuva faz bem ao meu jardim. Está exuberante, fico no maior orgulho quando olho para ele!

E tem a roseira, que também cresce tortinha, mas dá flor loucamente...

novembro 04, 2007


Tempo pra mim

Um tempinho sem escrever, pra recarregar as baterias. Na verdade, para gastar as baterias. Li e escrevi muito – mas só trabalho. Na hora de cuidar do pessoal, bate a preguiça e tudo fica para depois. É aquela velha história: casa de ferreiro, espeto de pau...

Virei a página, finalmente. Deixei a revista. Vinha pensando e anunciando isso há algum tempo, mas faltava a coragem pra encarar a coisa de frente e assumir a atitude necessária. Agora foi: saí da revista. E o mais engraçado: nunca na vida pensei que iria assinar alguma publicação como editora. A única vez que exerci o cargo, de fato, foi na internet do JT, muitos anos atrás. Mas internet não tem nome e nem tem cara. Passou batido. Na revista, era editora-executiva. E saía lá, escrito com todas as letras, todos os meses. Agora, não mais. Com isso, descubro que não tenho o menor interesse em me promover. Se tivesse, só esse detalhe me prenderia. No balanço decisivo, os contras eram bem mais pesados que os prós. Aliás, a coluna dos prós ficou curtinha, curtinha...

Agora, bola pra frente. Vamos dar uma sacudida, procurar novas coisas. Ganhei mais tempo para mim e para minhas coisinhas. Já estava me dando angústia não conseguir terminar as cortinas da casa do filho. Hoje, se tudo correr bem, termino. E já tenho um projeto para os presentes de Natal. Não conto pra ninguém me cobrar se não conseguir terminar ou se bater a vontade de outra coisa. Vai ser um monte de mesma coisa, mas diferentes. Mas, se eu conseguir, vou me sentir vitoriosa.

Alguns projetos estão rolando e espero que venham outros. Não tenho medo do trabalho, só não quero que ele tome conta de tudo na minha vida.

Coisas de jardim
Acho que não é igual ao da foto, mas tenho um botão de hibisco amarelo que deve abrir entre hoje e amanhã. Quando comprei as mudas, tinha a foto no site, mas não lembro mais. O jardineiro, aquele imbecil surdo (ele é imbecil porque é surdo ou é surdo porque é imbecil?), arrancou as tiras de identificação que eu tinha deixado, para não esquecer o nome das bichinhas... Agora, estou na maior expectativa...

E tem a flor de outubro, não aquela parente da flor de maio, mas prima da dama da noite. Está com dois botões em ponto de abrir e outro que ainda vai demorar um pouco. Como a dama da noite, ela abre por um dia. Vermelha – rubra, melhor dizendo. Já floriu uma única vez, no ano passado, uma única flor. Este ano está mais pródiga...

E o jasmim, que desembestou, se enroscou na árvore e chegou no telhado? Agora está florindo lá em cima, longe da vista e do nariz da gente... Pelo pouco que dá pra ver, ele está dando cachos enormes de flores.

Esse jardim só me dá alegrias!