outubro 12, 2010

Retorno musical


Sumi já faz algum tempo. Volto, mas não sei quando retorno. Agora, deu vontade de escrever.

O mundo continuou rodando, o que tinha de acontecer, aconteceu. É assim mesmo, tá tudo certinho. Cheguei aos 6.0, mas tenho de esperar até novembro pra ter a carteirinha pro ônibus de graça. Mãe, você me prejudicou em um mês por me registrar o nascimento em data errada... Mas tudo bem, quem chegou até aqui pode esperar mais um pouco, sem problemas.

Comprei hoje uma coletânea de música erudita, aquela coisa de coletânea, para dummies. Conheço quase nada dos clássicos - os tais Grandes Mestres, pra mim, são quase desconhecidos. Quase porque a gente não pode ignorar a existência de Mozart, Bach, Beethoven, Vivalvi, Tchaikovsky, todos gênios. Mas conhecer o que eles fizeram leva um pouco mais de tempo.

Aí tem uma música que sempre achei lindíssima, mas nunca soube de quem era. Agora sei: é o Adagio, de Albinoni, um veneziano que - graças ao Google - descobri ter sido um sujeito extremamente profícuo. Bom, ele vai me desculpar, mas vou ficar mesmo só com o Adagio. Que, pra mim, é a expressão perfeita da tristeza. Mas ninguém vai ficar triste se ouvi-la. Os curiosos podem achar no You Tube.

Bolero, de Ravel, me fez correr para o Torrent pra baixar Les uns et Les autres, filme do Lelouch de 1981, cuja história não lembro. Do filme, só ficou na lembrança os 15 minutos finais, nos quais Jorge Donn faz a coreografia de Bejart para a música de Ravel. É deslumbrante, magnífico. E como tem mais de 15 minutos, os vídeos do You Tube não trazem a sequência inteira. Tem Bizet (Carmem, claro!) e De Falla (Danza del Fin del Dia, de El Amor Brujo, que me levou de volta à trilogia de flamenco de Carlos Saura. La Mer, de Debussy, não conhecia, mas me encantou.

Com isso tudo, minha irritação que vinha se arrastando pelo dia, passou. Agora posso dormir sem levar mágoas para o travesseiro.

Música faz bem à alma...