julho 06, 2010

Burros e criação


Num momento de autocrítica rigorosa, comprei o bilhete do burro da Loteria Federal. Depois, fiquei pensando como é que explicaria isso pra mim mesma, se der o número na cabeça... Claro que seria depois de aplicar/gastar o dinheiro. Por enquanto, fico só na torcida.

Estou em fase carente, mas parece que isso é comum a quase todos. Então, deixei a minha na espera e fui cuidar dos outros. De vez em quando, porém, bate uma revolta: por que ninguém percebe que estou carente? Mas eu mesma dou a resposta: não falo nada e ninguém tem obrigação de adivinhar o que se passa na minha cabeça. E ficar quieta já virou hábito. Então... güenta!

Ultimamente, meio que sem explicação, ando dando muita risada por lembrar de como dentistas, no início do século, serviam de desculpa para os casos extra-conjugais das donas-de-casa. Que, muitas vezes, tinham caso com o próprio dentista. Esplêndida solução – cuidava-se dos dentes e atendia-se às necessidades do corpo e da cabeça... Acho que é por causa disso, além da tortura, é claro, que os dentistas ainda não são bem vistos pelo mundo em geral.

Daqui a pouco tem futebol – semifinal da Copa, Uruguai e Holanda. Confesso que fiquei meio viciada nas últimas semanas, nessa batida de jogos todos os dias. Então, aguardo ansiosa a hora de começar. Será um bom jogo, coisa rara de se ver nos últimos tempos.

Tenho pela frente (e a frente é bem na frente, quase batendo no nariz) um exercício de futurologia. Um informe publicitário para o Itaú, com textos escritos como fosse 1.º de janeiro de 2014. Coisa mais complicada, ainda mais pra mim, que longo prazo é na semana que vem... Enfim, já tenho algumas idéias na cabeça. Vamos ver o que dá.

Afinal, preciso que dê o burro na cabeça só na loteria...