abril 04, 2007


Flores e atrasos

Paineiras são árvores nativas do Brasil. São grandiosas, imponentes: chegam a quase 20 metros de altura. Perdem as folhas na época de floração, o que as deixa ainda mais bonitas, porque ficam totalmente cor-de-rosa. Algumas de uma rosa mais claro, outras de um rosa escuro, um pink na moderna linguagem das cores.

Existem dezenas, centenas de paineiras na cidade. E este ano elas estão atrasadas: as árvores estão mostrando suas flores agora, quando, pelo calendário popular, seria a época de começarem a dar lugar aos frutos que, mais tarde, estourariam em paina pra encher travesseiros. Como na cidade muito pouca gente colhe a paina, o atraso não importa muito. Importa que elas estão deslumbrantes.

Segundo o dito popular, a paina, que surge do fruto da paineira, deve ser colhida num determinado tempo depois da semana santa – que é agora. Mas os frutos, por aqui, ainda não apareceram e não estarão prontos para a colheita na época dita correta. O que quer dizer que a safra de paina (isso existe?!) será ruim este ano.

Pra mim, não muda nada. Já estou acostumada com atrasos florais. Minha flor de maio só floresce em junho; a flor de outubro marcou presença em novembro. O que importa é que as flores vêem com força e com vontade, maravilhosas.

Mas esse atraso me intrigou: e as quaresmeiras, como será que estão este ano?

abril 03, 2007


Como assim?

Foi assim, de uma hora para outra. No final da tarde, ela estava doente, tinha voltado do veterinário onde recebeu medicação. Estava murchinha, mas bem. Três horas depois, já não estava mais com a gente.

Rainha surgiu do nada. Veio da rua, foi acolhida, recebeu amor. Teve mais sorte na sua curta vida do que muita gente ao longo de uma vida inteira. Mas não teve tempo suficiente para viver esse amor todo. Deixou inconsoláveis duas pessoas muito especiais para mim: minha filha e meu neto.

Como se explica para uma criança de 4 anos que a cachorrinha dele, que pela manhã brincava e saltava com ele, estava morta no começo da noite? Duro, complicado. Que ela foi se juntar ao Sarnão, ele entende. Mas o Sarnão ficou doente, assim como a velha gatinha da vovó que morreu no final da semana. Rainha, não. Era uma criança...

Criança não devia morrer, nunca. Nem gente, nem bicho. Elas são a alegria na vida, aquelas criaturas que dão ânimo pra gente reagir e tocar a vida com força e com vontade. Criança é amor, é festa. Não dá pra viver sem isso...

Pô, Chiquinho, dessa vez você pisou na bola...

abril 02, 2007


Subidas e descidas

Hoje eu contei: entre uma estação e hoje, são 61 degraus subidos e 35 descidos. Isso só no trem. Metrô, felizmente, tem escada rolante (mas depende da estação, do caminho que você resolver tomar, coisas assim). Isso tudo só para chegar. Nem conta a caminhada de casa até o metrô e da estação até o WTC. Ninguém mais vai poder dizer que não estou me exercitando...

Tá bom, a caminhada nem é tão grande assim. Mas para quem não andava nada, até estou me mexendo legal. Pode ser que daqui algum tempo eu ache pouco e procure por mais. Por enquanto, está de bom tamanho.

Ainda mais que tenho a impressão que o número de degraus, na volta, aumenta. Mas acho que é só impressão mesmo, porque na volta a gente sempre está mais cansada.

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E, no fim das contas, o Chiquinho levou mesmo a Tetéia... Mas tenho certeza de que ela está bem, com a Frô, o Bôh e a Millá.


Adeus, Teinha...