abril 03, 2007


Como assim?

Foi assim, de uma hora para outra. No final da tarde, ela estava doente, tinha voltado do veterinário onde recebeu medicação. Estava murchinha, mas bem. Três horas depois, já não estava mais com a gente.

Rainha surgiu do nada. Veio da rua, foi acolhida, recebeu amor. Teve mais sorte na sua curta vida do que muita gente ao longo de uma vida inteira. Mas não teve tempo suficiente para viver esse amor todo. Deixou inconsoláveis duas pessoas muito especiais para mim: minha filha e meu neto.

Como se explica para uma criança de 4 anos que a cachorrinha dele, que pela manhã brincava e saltava com ele, estava morta no começo da noite? Duro, complicado. Que ela foi se juntar ao Sarnão, ele entende. Mas o Sarnão ficou doente, assim como a velha gatinha da vovó que morreu no final da semana. Rainha, não. Era uma criança...

Criança não devia morrer, nunca. Nem gente, nem bicho. Elas são a alegria na vida, aquelas criaturas que dão ânimo pra gente reagir e tocar a vida com força e com vontade. Criança é amor, é festa. Não dá pra viver sem isso...

Pô, Chiquinho, dessa vez você pisou na bola...

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