novembro 14, 2005

Meninas, é de arrepiar.

A gravação é antiga – de 73. Mas está lá a voz. Deliciosa. Voz de travesseiro, diria uma amiga. E fica muito melhor quando a gente junta a voz à figura do homem – Deus, tragam-me meus sais!!!

Estou falando de Alain Delon. Que emplacou os 70 no dia 8 de novembro. Mas não estou falando desse que emplacou os 70 há poucos dias. Falo daquele de A Piscina, de Rocco e Seus Irmãos, de O Sol por Testemunha. Preciso de mais sais!!!

E falo de Parole, Parole. A música é italiana, mas foi gravada em francês por Dalida, egípcia filha de imigrantes italianos que passeava por inúmeros idiomas. Com trechos interpretados por Delon. Os dois – Delon e Dalida – meio que conversam, ela cantando e ele falando. E quem o viu no cinema até imagina a cena – só não consegue acreditar que uma mulher possa virar as costas para aquele homem... Mas o diálogo ficou famoso e é destacado até hoje como uma das grandes interpretações em dupla da música francesa.

C’est étrange,
Je n’sais pas ce qui m’arrive ce soir.
Je te regarde comme pour la première fois
Je n’sais plus comment te dire,
Mais tu es cette belle histoire d’amour
Que je ne cesserai jamais de lire.
Tu es d’hier et de demain
De toujours ma seule verité.
Tu es comme le vent qui fait chanter les violons
Et emporte au loin le parfum des roses...


A tradução soa romanticamente boba e piegas. O francês é a melhor língua para essas coisas, sem dúvida. E nem copiei a letra toda. Não precisa entender. É preciso ouvir. E sentir. Muitas, muitas vezes.

O disco é uma coletânea de músicas românticas, que comprei só por causa de Parole, Parole.

Vou continuar ouvindo. E vou reforçar meu estoque de sais...

De qualquer forma, para quem não sabe francês, segue uma tentativa de tradução: é estranho, não sei o que acontece comigo esta noite. Mas eu a vejo como se fosse a primeira vez. Não sei como dizer isso, mas você é aquela bela história de amor que nunca termino de ler. Você é o meu ontem e o meu amanhã, o meu sempre. Você é como o vento que faz cantar os violinos e transporta para longe o perfume das rosas.

Falei que traduzido não tinha graça...

novembro 13, 2005

Gozado como a gente vai se enrolando, se enrolando e deixando de lado as coisas que nos fazem bem, mas que podem esperar um pouco. Aconteceu isso agora com o blog. Fui deixando, deixando e agora vi que já fazem quase 15 dias que não posto nada. Pode ser falta de assunto, também, mas isso a gente arruma.

Foi o tempo mesmo. Tá, desculpa de aleijado é muleta, mas, nesse caso, é verdade. Costumo escrever no jornal, naquelas horinhas em que nada rola e a gente fica esperando dar o horário pra ir embora. Bom, nesses dias rolou. E não era notícia, era encheção de saco mesmo. Com o chefe em férias, os subchefes resolvem fazer mirabolâncias (não procure no dicionário - isso aí eu acabei de inventar). Tipo mudar um monte de coisas pra continuar tudo igual. E, como sempre, nada que possa deixar o leitor melhor com o mundo. Isso mantém a gente ocupada, refazendo trabalho. E sem tempo pra escrever outras coisas.

Não sei ainda até quando permanece essa situação. Primeiro, o chefe tem de voltar. Depois, a gente vê.

Na verdade, não daria nem pra estar aqui escrevendo agora. Tem um frila rolando, enorme, chato que dói. Mas é frila e vai dar algum dinheiro - espero. Então, o correto seria cuidar da chatice rentável. Vou fazer isso daqui a pouco, prometo. Não são nem 9 horas, ainda tenho duas horas pela frente de muito nada pra fazer. Vai dar pra adiantar o dito frila. Acho. Baixei um joguinho faz pouco, mas ele não é tão interessante quanto parecia. Pena...

O jeito vai ser continuar trabalhando...