dezembro 04, 2009

Tristeza profunda

Não são comuns esses momentos. Mas existem. E o melhor a fazer é aceitar, se recolher com eles e esperar que se retirem. Geralmente não demora muito, às vezes eles ficam quietinhos dentro da gente, sem aparecer. Mas a gente sabe que eles estão lá.

Tristeza, melancolia. É disso que estou falando. Acho que estou com isso há algum tempo, mas faço de conta que não – uma hora, passa. Ou vem tudo pra fora, numa avalanche dolorida, mas que alivia. Hoje não é um bom dia pra botar tudo pra fora. Talvez à noite, talvez amanhã. Agora, não. Mas não sei se vou conseguir segurar.

Abri o jornal de manhã e tomei um susto. Um amigo morreu. Fazia tempo que não o via, acho até que nem estava doente. Pelo menos ninguém havia comentado sobre isso. Porque tem aquelas pessoas que a gente espera saber que se foi, às vezes até torce pra isso. Esse, não. E foi um choque.

Aí aquele aperto no peito que estava quietinho veio com tudo. Porque, mesmo sem encontrar aquele amigo, eu sabia que o mundo continuava contando com a alegria de viver dele. Agora, não mais.

O mundo ficou mais triste. Eu estou triste.

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Botelho, a gente se encontra em algum momento do lado de lá. Manda lembranças pro Chico Watson e pro Dudu. Não bebam todas, guardem um pouco pra mim. Beijo grande!!!

dezembro 02, 2009

Violinista pé no chão


Essa loirinha maluca que toca violino, dança, pula, sorri e se diverte, tudo ao mesmo tempo é Máiréad Nesbitt (não me pergunte como se pronuncia o nome dela – conseguir ler já é o suficiente). Gosto de música irlandesa e, fuçando, descobri uma coisa que muita gente já deve conhecer: Celtic Woman, um espetáculo que reúne quatro/cinco sopranos com as vozes mais angelicais que um ouvido pode ter ouvido e essa violinista. Os vídeos que vi no YouTube mostram trechos de três espetáculos, cada um feito num castelo diferente. Esse, que estou postando, foi no Slane Castle, na Irlanda, em 2006. O nome da música é Granuaile’s. Baixei alguma coisa pelo Torrent – e é de arrepiar.

O Riverdance sempre me fascinou, mas confesso que sempre fiquei encafifada com essa coisa de não mexer os braços, só as pernas. Parece que essa moça Mairead arrumou uma solução pra isso.

Ela, a gente tem de ver. E curtir junto.

dezembro 01, 2009

Hora do intervalo


Pra quem só sai de casa de vez em quando – não é reclamação, não, é constatação e gosto -, a grande diversão é a TV. Já disse e repito: sou maníaca por séries, se bem que ultimamente as reprises me deixam entediada. Novidade, mesmo, são as propagandas.

Vira e mexe eu cito alguma por aqui. Ultimamente dou risada sempre que vejo as morsas. “Você ficou maluco? Morsa não dirige”, diz uma. “Nem fala”, completa a outra. Sei que a propaganda é de um carro, não sei a marca. Aliás, carro é uma coisa que raramente me chama a atenção, a não ser que esteja atrás de um taxi pra ir a algum lugar... Mas as morsas são ótimas – não achei imagem delas, então vai de parentes delas. E nem vou me surpreender se nos próximos dias aparecerem morsas bonecos pra vender nos cruzamentos da cidade.

O casamento grego no qual o rapaz sai quebrando tudo pela casa já ultrapassou a barreira da paciência. É hora de o anunciante arrumar outro filme, porque esse já deu o que tinha que dar, se é que deu alguma coisa além da inveja do bolso do sujeito, que compra tudo o que quebrou sem pestanejar e ainda sorri, constrangido. E o sujeito que vai de loja em loja perguntando preços e sai rebolando para, no final, fazer a mesma coisa na frente de uma tela de computador? Ridículo. Até agora não entendi o que ele fala ou porque faz tudo aquilo...

Graças a Deus parece que deram um tempo à invasão de banheiros que me deixava agoniada. Ou será que eu é que parei de prestar atenção? Bom, pelo menos parei de me sentir invadida, o que já é uma boa coisa.

Já deu pra notar que eu vejo as propagandas, mas não sei quem anuncia. Desconfio que não é essa a intenção dos publicitários e anunciantes, que querem ver fixadas suas marcas. Comigo, porém, é assim que funciona. Mas como sempre digo ao povo que lida com comunicação, não adianta a gente se basear nos iguais: quem lida com comunicação sempre tem uma visão diferente do povo popular, como definia o Ruffato, nos bons tempos do JT.

E assim o tempo passa e a gente se diverte...