agosto 11, 2005

Quinta-feira, mesmo de folga, é bom colocar as barbas de molho junto com o lombo. Aliás, ele vai cada vez melhor. Passei boa parte do dia costurando. Melhor assim.

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Tenho três filhos. Amo todos eles - mas eu sou a mãe, está no meu papel fazer isso. Tem dia que gostaria de não ter nenhum, assim como tem dia em que gostaria de estar sozinha no mundo. Como já dizia alguém que trabalhou no jornal há algum tempo, tem dia que de noite é foda...
São três, cada um é um muito particular. Talvez a única coisa que tenham em comum sejam os pais. E o Corinthians, claro. Não gostaria que eles fossem iguais. Seria muito chato. Seria? Não sei. Não consigo pensar em duas pessoas iguais... Mas acho bom que eles sejam diferentes. Só gostaria que eles lembrassem que são diferentes e, por isso, têm pensamentos e pontos de vista diferentes. Sentem diferente, mostram esses sentimentos de forma diferente.
Assim é a humanidade, não é mesmo? Cada é um é um e, embora existam pontos em comum, a essência é outra. Eu posso aceitar que o outro goste de verde, mesmo que eu goste só de azul. Assim é com todo mundo, acho. E posso tentar entender o que o outro vê de tão especial no verde e não ache o azul tão maravilhoso quanto eu. Assim como posso explicar porque azul é o máximo e verde, nem tanto. E, se a gente pensar bem, um é resultado do outro e ambos são descendentes do branco, que não tem nada a ver com o peixe e nem foi discutido.
Ou seja, tudo é uma questão de conversar, de querer conversar e entender. De guardar as pedras no bolso, de abrir o punho fechado, de um fechar a boca e outro abrir os ouvidos e vice-versa.
Claro que nem sempre é possível. Nem sempre todos têm disposição. Mas...
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Tem um cururu americano na cidade, pra fazer palestra sobre liderança. O cara, cujo nome não lembro, entrou em crise profissional, familiar, pessoal. E foi se enfiar num mosteiro tibetano onde descobriu que o verdadeiro líder não comanda, mas serve os comandados. E agora sai pelo mundo apregoando a descoberta e reconhece que, embora o livro que escreveu esteja no topo da lista dos mais vendidos, muito pouca gente coloca em prática o que ele aconselha. Porque dá trabalho. Porque implica mudar a si mesmo - e aí entra o bom e velho 'eu sou assim, o que posso fazer?'.
Acho que vou procurar um mosteiro tibetano também...
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E como fazem as mães com cinco, seis filhos?

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