julho 13, 2005

De uns tempos pra cá, ando xeretando blogs alheios. Na verdade, é isso mesmo que as pessoas esperam: que alguém xerete seus blogs. Tem o blog do Rodrigo (Rio das Capivaras), da Marcinha (Sobretudo Amor), do Zero (à guisa de blogue), do Flávio (Crocodilo Chan), do Guille (Velho Tarado). Me divirto muito, às vezes me entristeço, choro e em seguida dou risada. São várias histórias, crônicas, comentários, poemas.

É engraçado ver como as pessoas escrevem, como, de repente, a gente se surpreende de forma positiva com a maneira de as pessoas verem as coisas, com a forma e o estilo de cada um. Mas mais divertido do que ler o que as pessoas postam é ler os comentários postados por amigos. Eu só me atrevo a postar para alguns. Para outros, me reservo o direito de ficar em silêncio, só apreciando...

A alma lírica, meio gongórica do Rodrigo me surpreendeu. Mas ele comete hai-ku da melhor qualidade (pra quem não sabe, hai-ku é o plural de hai-kai, versos em estilo japonês em três linhas, que obedecem a uma métrica - não me perguntem qual - e não são necessariamente rimadas), o que revela um poderoso poder de síntese. O Zero, meu amigo Roberto Romano Taddei, tem poesias incríveis, belíssimas, apaixonadas. Mas esse lado poeta eu já conhecia, embora nunca tivesse lido poesia dele. O Flavinho é tudo aquilo que ele passa no blog: boa gente, camarada, amigão. E observador, mais até do que eu esperava do olho de um artista, o que ele é - definitivamente, sem discussão e sem dúvidas. Marcinha, minha filhota, coloca os demônios, as tristezas, as incertezas, as alegrias em textos aparentemente ligeiros, mas que fazem a gente pensar. E, às vezes, chorar.

Confesso que meu filhote Guille foi a melhor surpresa dos blogs. Textos lindos, bem elaborados, comentários irônicos, bem colocados. Comparações inesperadas e bem-humoradas. Às vezes, assustadoras. E, claro, filmes.

Em comum, todos eles têm a juventude. E, pelo visto, uma existência profícua, bem maior do que a minha. Se serão felizes, isso são outros quinhentos, que não depende de mim. O que fica é a certeza de que certamente eles farão escolhas erradas, depois vão acertar e vão aprender. É assim com todo mundo, desde que o mundo é mundo. Mas vão viver experiências lindas, porque tudo o que passou acaba ficando mais bonito e melhor.

Tomara que eles encontrem a felicidade. Se bem que, daqui pra frente, só me resta torcer...

1 comentário:

Roberto Taddei disse...

Lê, adorei a referência elogiosa. Eu não sabia que você tinha um blogue. Vou virar freguês. Beijo grande