agosto 22, 2005

Semana começa com massagista logo cedo. Dolorido, mas bom. O lombo, pelo jeito, sarou. Ou quase, vamos esperar pra ver como rola a semana. Ainda tinha uns pontinhos pra mexer. Ele mexeu. Ai!!!!

Mas teve uma coisa muito boa: ganhei uma caixa de cookies sortidos da Kopenhagen. Delícia!!! Vou levar alguns pra casa - os outros, comi aqui aqui mesmo. Meu filho diz que estou ficando igual minha mãe, bem formigona. Ainda não estou igualzinha, mas, nesse ritmo, chego lá. E eu que quase não comia doces... Mas à noite, depois de comer alguma coisa em casa, bate uma necessidade de de doce. E saio eu pela casa atrás de alguma coisa com açúcar. Não precisa ser chocolate, não. Basta ser docinho. Não melado. Docinho. Hummmmm!!!

Minha mãe era assim. Chegou ao ponto de abrir lata de leite condensado porque não tinha mais nada doce na casa dela. Quando veio morar comigo, adorava ganhar docinhos. Em especial, as balas de goma da Brunela. "Pontan-amê", ela chamava. As balas são boas mesmo. Faz tempo que não como. Acho que vou atrás de uma Brunela qualquer hora pra matar saudades. Ainda existe a Brunela?

Eu tenho ciclos. Teve o período das pipoquinhas de canjica. E tinha de ser a Nhac, que a gente só encontra no Carrefour. À noite, na frente da televisão, eu dava cabo de quase um pacotão, sozinha. E os meninos tiravam altos sarros da minha cara. Mas a Nahc é mesmo irresistível. Aqui, o pessoal dá cabo de três pacotões, brincando. Mas tem muita gente comendo. "Pipoca de isopor", definem.

Outro doce que gosto é arroz doce. Dizia a vó Cecília que arroz doce é doce de homem. Que ela não conhecia nenhum homem que não gostasse. E, nesse campo, ela tinha algum conhecimento. Casou três vezes, enviuvou três vezes. E quase vai pela quarta vez. O velhinho que pediu a mão dela em casamento, lá em Jacareí, quando ela já estava com 80 e alguns, acabou morrendo dois meses depois do pedido. E ela, dando risada, comentava: "Já imaginou? Eu ia ficar viúva mais uma vez!"

Vó Cecília fazia sonhos divinos. E nunca ninguém conseguia fazer a receita dela. Mesmo porque não tinha receita. "Olha, põe o trigo, um pouco de fermento, mistura o leite e vai batendo. Põe os ovos e continua batendo. Eu ponho um pouco de erva doce pra dar um perfume..." Quantidade? Ela não tinha. Ia tudo no olho e na mão. Tentei uma vez, ficou duro. Tentei outra, a massa ficou tão mole que desmanchava na frigideira. Fiquei nos bolinhos de chuva que esses, pelo menos, davam certo...

E agora me veio à lembrança um doce que minha mãe improvisava quando eu era criança. Quando não tinha nenhum doce, ela inventava de fazer um negócio que ficava duro, com consistência daquelas bolachas italianas que quebram os dentes. Fazia com uma concha colocada direto no fogo. Se não me falha a memória, punha água, açúcar e uma pitada de bicarbonato. Aquilo endurecia rapidinho na concha e ela tirava batendo a concha na pia. Ficava redondinho, abaulado. E a gente comia. E gostava. Não consigo lembrar o gosto daquilo. Agora, na distância, não me parece que seja alguma coisa realmente gostosa...

Outra lembrança saborosa é o jatobá que, digo hoje com toda certeza, é fruta de criança. Só criança pra comer aquela coisa empoeirada e grudenta. Doce, sem dúvida. Mas disgusting... Eu lembro de ficar sentadinha num degrau que, suponho que fosse da minha casa, comendo e me lambuzando com aquilo e achando maravilhoso. Conferindo com outras pessoas, mais tarde, todos eram unânimes. Jatobá é bom. Mas só criança consegue comer.

No fumódromo, hoje, a conversa rolou em torno de doces, que a Valerinha disse ter comido de montão durante o final de semana. Acho que foi isso, mais a caixa de cookies, que despertou a larica.

Preciso fazer algum exercício pra queimar tanto açúcar...

1 comentário:

Márcia disse...

Fofinha II!!
fico feliz de vc ficar parecida com ela... afinal meu filhote terá uma vó tão boa quanto a minha! hehehe :-))