maio 18, 2006

Coloquei um cartaz na minha mesa: Quero de volta a minha cidade!!!

Porque isso que estava por aí nos últimos dois dias não era a minha cidade. Era um arremedo.

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Parece que as coisas estão voltando ao normal. Na hora em que a gente vê o povo brincando, tirando sarro das coisas que aconteceram, é sinal de que a vida voltou à rotina. Hoje, no ônibus, o maior sarro era da cara do sujeito que vendeu a fita pro PCC por R$ 200,00. Era unanimidade: se é pra se sujar, que seja por, no mínimo, R$ 1 milhão...

Na feira e nas calçadas, os camelôs fazem abatimento: “Foi o Marcola que mandou”, dizem.

Que bom que a minha cidade está voltando!

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... E quando a gente só quer se lamentar, além de não ser ouvida, é interrompida e podada. Toma bronca. Como alguém se atreve a se lamentar pra mim, diante dos enormes e importantes problemas que estou enfrentando?

Parece que ultimamente os problemas dos outros são sempre menores do que os da gente.

E ‘a gente’, aqui, não sou eu, não...

Por via das dúvidas, por questão de segurança, pro público externo, não tenho problemas e nem porque lamentar as coisas que acontecem.

Xô, urubu!!!

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