setembro 15, 2002

Attack my mini onions! O nome, sugestivo, faz a gente pensar num monte de cebolas percorrendo o mundo e provocando vales de lágrimas. Me chamou a atenção na home do Blogger - e é impressionante a criatividade que a gente encontra por aí. Não fui olhar o que tem lá, mas assim que terminar aqui, dou um pulo lá.

Domingão que começou bonito, agora ameaça chuva. Aqui em Sampa é assim mesmo, dirão alguns. Pode ser. Pelo menos a gente não morre de tédio. De resfriado que vira gripe e evolui para pneumonia, pode ser. Aqui, sempre tem alguma coisa rolando em algum lugar e a gente não precisa nem sair de casa pra ver. A televisão mostra. Mas como a ignorância é o melhor estado de espírito em algumas ocasiões, melhor mesmo é ficar curtindo outras coisas. Ainda mais quando se sabe que a realidade vai cair com tudo em cima da gente na segundona. Garfield tem razão: segunda é sempre terrível.

De vez em quando, é bom a gente brincar de eremita. Fingir que está no alto inatingível de uma montanha e ficar esperando os intrépidos aventureiros que chegarão apenas para perguntar qual o sentido da vida. Claro que não há resposta, mas também ninguém vai conseguir chegar lá. Mas esse retiro é bom, principalmente quando se sabe que as forças estão poucas e o dinheiro, menor ainda. Nesses momentos de solidão, a gente fica mais forte, mais centrado. E também pode se dar ao luxo de voar longe, ficar mesmo no alto da montanha, só espiando as coisas, sem poder intervir nem dar palpite.

Se bem que, às vezes, dá vontade de falar um monte. A gente vê tanta coisa esquisita, às vezes até erradas, que tem vontade bater no ombro da criatura que está fazendo isso e perguntar se ela não se toca. Como já tomei umas duas respostas enviesadas e outras tantas bem mal-educadas na linha do 'você não tem nada a ver com isso', aprendi que o melhor mesmo é deixar quieto. Por mais que gostemos das pessoas, nem sempre se pode evitar que elas quebrem a cara. Aliás, não dá pra evitar mesmo. Cada um é cada um e, se alguém pergunta a opinião do outro é sempre para ter certeza de que mais alguém pensa do mesmo jeito. Se a resposta não for a esperada, é porque o outro não entendeu o problema direito. Assim, a gente vê coisas que não queria ver, mas engole. Acho que deve ter alguém pensando mais ou menos a mesma coisa a meu respeito, porque eu também não ouço conselhor que não sejam aqueles que quero ouvir. É verdade também que raramente saio pedindo.

Pedir é difícil, pra mim. Pedir significa estar precisando de ajuda e eu não gosto nem um pouco da sensação de estar dependente de alguém. Claro que não dá pra viver sem pedir alguma ajuda em algum momento. Claro que peço sempre que preciso. Mas isso não tem nada a ver com gostar disso. É duro, difícil, sofrido. Pior ainda quando a gente pede e o outro lado não colabora - porque não pode, porque não quer, por mil razões. Mas nega. Aí é pior ainda: a sensação que se tem é de cachorro escorraçado. Quer dizer, a sensação que eu tenho.

Daqui a pouco vai escurecer e, pela graça do Senhor meu Deus, não fiz nada o dia inteiro. Fazer nada é um dos exercícios mais gostosos que existe, que eu deveria praticar mais vezes. Pena que não dá... Estou torcendo pra continue assim, com esse monte de nada pra fazer, até amanhã cedo. Aí sim poderei dizer que aproveitei bem o final de semana...

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