fevereiro 01, 2006

Computador é um bicho muito estranho. Assim, do nada, ele pifa. Não dá sinal, não apita, não suspira, não grita. De repente, pára. O meu, nem ligou. E, por ser um ser estranho, é só uma questão de trocar de tomada. Aí funciona beleza. Mas o técnico vem amanhã, se tudo der certo (pra ele, claro). Por isso, acho que é o último post antes da volta ao trabalho. De sexta a domingo, estarei fora, não vai dar pra escrever.

Aí, sim. Não vou suspirar, nem gemer, nem gritar. Mas vai doer. É tão bom ficar em casa... Segunda vai ser terrível. Mas ainda é quarta. Então, ainda há tempo pra ser curtido.

Lembro, toda vez que estou para voltar ao trabalho, de um período sem trabalho. Quase dois anos curtindo casa e filhos, cortesia de um certo momento de milagre econômico. Claro que chegou uma certa altura em que não deu mais. Então, o jeito foi arrumar trabalho de novo. A noite anterior à volta ao trabalho foi doída. Chorei muito. Lamentei ter de vender meu precioso tempo pra alguém – se não me engano, naquela ocasião era para os Civita -, por um preço que eu duvidava que fosse justo. Mas não tinha jeito. Voltei. E não deu pra parar nunca mais.

Continuo achando que não é um bom negócio. Claro que preciso do salário, mas meu tempo vale muito mais. Como não tem jeito, sigo adiante e só penso nisso nesses momentos, quando estou prestes a voltar. Não adianta muito e nem ajuda. Mas não consigo deixar de lembrar.

É como diz o ditado: não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe...

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Ela é ranzinza como nunca vi. Mal-humorada, brava. Mas é linda. E vai ficar mais bonita ainda, mas não sei se vai ficar aqui.

Foi assim: uma senhorinha que mora na rua de baixo bateu aqui em casa e disse que largaram uma gatinha no jardim da casa dela há duas semanas. "Ela é mansinha, deve ter dono. Avisei todos os vizinhos, mas até agora não apareceu ninguém..." A senhorinha estava à procura de um lugar para a bichinha. O marido é alérgico e já estava começando a ter problemas sérios. E acho que minha casa já está sendo vista como uma casa de gatos... Assim...

Ela é mansinha, sim, mas só com gente. Rosna cada vez que vê um gato - aqui em casa isso quer dizer o tempo inteiro. Só fica tranqüila e dorme ao lado da gente. É siamesa, de manchas bem escuras e olhos azul-turquesa, de um azul inacreditavelmente bonito. Deve ter uns cinco meses. Por enquanto não tem nome. Vai depender da adaptação dela à casa e aos outros gatos. E, claro, de aparecer o dono (duvido) ...

Alguém quer uma gatinha?

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