março 28, 2006

A secretária, poderosa, recomendou: ele está com a agenda apertada, então você tem de chegar pontualmente às 10. Até antes, se possível. A gente não discute com secretária mandona - a gente obedece.

Era do outro lado da cidade, metrô e ônibus dava quase duas horas. Mas acordei de madrugada e cheguei antes das 10, às 9h45. E, claro, o cururu chefe da secretária mandona não tinha chegado ainda. Ligou, disse que estava preso no trânsito. Chegou por volta de 10h30, pediu desculpas - pelo menos é educado...

Executivos, bah!!!

Sentadinha na recepção para um chá de cadeira de 45 minutos - e o prédio era non smoking, existe isso no Brasil, o mundo está perdido!!! - tinha um monte de neguinho entrando. Saindo também, mas era mais entrando. A esmagadora maioria de mochila nas costas e cara de nerd. 60% orientais. Toda a força ao yellow power! Lembrei da mochila que o filho carrega pro trabalho todos os dias, com o lanche, porque não tem nenhum lugar pra se comer durante a madrugada lá, onde ele trabalha.

Pensei que os meninos da empresa eram previdentes. Ali, do outro lado da cidade, também não tem muito lugar pra se comer. Ingenuidade minha. Depois me contaram que os funcionários todos carregam os respectivos laptops de casa para o trabalho e vice-versa. Quer dizer, não era lanche coisa nenhuma. Era trabalho mesmo.

Outra coisa curiosa é a tecnologia dos crachás. Todos têm o seu - e está certo. Mas um carrega num fio pendurado no pescoço e se curva pra passar o cartão na catraca da entrada (eletrônica, claro!). Outro traz pendurado no cós da calça e tira para entrar. E tem aqueles que usam uma espécie de molinete, com o cartão preso na ponta da linha, que se solta e volta a se enrolar conforme é puxado. Fiquei deslumbrada. É a tecnologia de ponta chegando aos crachás. Agora também quero um desses...

E como faço pra ir embora?

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