fevereiro 17, 2007


Hibisco


De um tempo para cá, cismei com hibiscos. Descobri que existem centenas de variedades, uma mais linda do que a outra. Descobri até um site carioca de uma flora especializada em hibiscos, associada ao The American Hibiscus Society (olha que chique!!!), que tem todas as 512 espécies híbridas registradas. Escolhi para comprar a Eye O’the Storm, a Zuzu Angel e a Yellow Star. Peguei uma quarta que – juro – não lembro mais o nome. Mas são todas chamadas de “singelas”, porque têm cinco pétalas.

A mais simplezinha, a que deu início a toda a família, tem cinco pétalas, um pistilo alto onde (acabei de descobrir) se alojam cinco bolsas de estigmas, um ovário de cinco células, cinco dentes de calículo e de cinco a dez brácteas – seja lá o que isso quer dizer. Atende pelo nome científico de Rosa Sinensis – claro que é cor de rosa. No Havaí, é símbolo nacional. Lá, a espécie mais comum é a vermelha, Sassi. As havaianas usam a flor na orelha direita quando são comprometidas e na esquerda quando estão disponíveis – quem viu Lilo e Stitch deve lembrar das flores que estampam o vestido da menina...

Diz a lenda que na década de 40, durante a II Guerra, os soldados americanos que estavam no Havaí, encantados com a beleza da flor, iniciaram cruzamentos das espécies nativas locais e deram origem às 500 e tantas da tal Hibiscus Society. Mas no Havaí existem mais de cinco mil variedades. Acho que os americanos não dedicaram bastante às flores...

Outra coisa que descobri é que o hibisco faz parte da gastronomia de muitos países. Em Gâmbia, usam-se as folhas pra fazer um chá. No Ocidente, naturalistas usam as fores para fazer um chá adoçado que serve de base para uma gelatina. E tem até receita que usa pétalas de hibisco.

O hibisco, me relata o Google, representa a beleza delicada, a virtude e sugere às pessoas que se agarrem à sua boa sorte. Oba!!!

Aqui no Brasil, o hibisco é conhecido também como graxa de soldado, porque soldados e estudantes do começo do século (naquela época os jovens não usavam tênis – aliás, acho que nem sabiam o que era isso, se é que isso já existia) usavam as folhas para lustrar os sapatos. Dizem que dava um brilho magnífico...

De minha parte, quis porque acho que são bonitas, coloridas, alegres. E tem um interesse gastronômico também, principalmente depois que descobri que as flores servem de alimentação para iguanas e jabotis. Já vou arrumar um cantinho para plantar uma muda do lado do viveiro da Ig...

O que me lembra: preciso sair atrás das mudas de capuchinho... As que eu tinha e que estavam começando a crescer, a Ig comeu...

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