novembro 12, 2009

Nando e Eddie


Sabe a coluna Boleiros, que sai no Esporte do Estadão? Cada dia é um colunista. Não leio todos sempre, mas tem dois que acompanho com regularidade: Nando Reis e Antero Greco. E hoje, quinta-feira, o tricolor Nando Reis me presenteou (a mim e a todos seus leitores) com uma pérola preciosa sobre insônia, que transcrevo:

“Dormir, quase consigo, a qualquer hora; é só encostar a cabeça no travesseiro que a respiração já ressoa mais profunda, e a fantasia que promove a invasão do sonho começa a desfilar no pátio volátil da consciência desmaiada. Mas se estou com alguma pendência dependurada no varal dos pensamentos, com algum grilo saltitando no saguão que mora dentro da testa, ou se já um aborrecimento atrapalhando a paz ocasional do espírito, é nessa hora da aurora que o maldito incômodo rouba o tempo precioso do descanso e a cabeça começa a mal pensar. E assim, além do sono, se perde a razão. (...) ... pequenos pecados viram crimes que, anunciados em cartazes espetaculares, nos condenam sem defesa ou julgamento – deitados de olhos abertos na cama, somos culpados!”

Eu também consigo dormir quase que a qualquer hora – e, quando acordo, nem lembro se sonhei ou não. Mas nas poucas vezes em que perdi o sono por causa de alguma maldita preocupação, foi mesmo assim que me senti.

A ilustração, “roubei” da galeria virtual de P. Eric Keys, artista radicado em Santa Fe (New México, USA). É um óleo chamado Insomnia

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Há alguns meses, vi Into the Wild – não sei que nome recebeu aqui – filme escrito e dirigido por Sean Penn. E em seguida baixei a trilha sonora, de Eddie Vedder. O filme é lindo – e triste. A música também e parece que a tristeza cantada por Eddie Vedder fica mais triste ainda. Hoje bateu a vontade de ouvir novamente. Continuo gostando. Do filme, da música, de Eddie Vedder.

Mas não é para todos os dias, não...

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