novembro 09, 2009

Cordas e focinhos


Fui com o filho ontem ver o show de lançamento do CD Luz da Aurora, de Hamilton de Holanda e Yamandu Costa. Saí encantada com o que os dois fazem com as cordas – bandolim e violão. E um comentário que fiz – “imagine se o Shimabukuro estivesse com eles” – me levou a pensar que os últimos meses foram dedicados às cordas.

Começou com o dito Jake Shimabukuro e seu ukelele, que até valeu um post. Agora, mais recentemente, fui ver Egberto Gismonti – eu não o via há muito, muito tempo. Na primeira vez que o vi, achei absurdo o que o cara fazia com um violão. E ele continua fazendo, trinta anos depois. Não dá pra acreditar que um cara sozinho tira todo aquele som do violão. Depois, teve o Duofel tocando Beatles. E de repente os dois empunham arcos, como se os violões fossem violoncelos! Daí que Eleanor Rigby se transforma numa melodia ainda mais bonita do que já é. E agora, Hamilton e Yamandu, que produzem sequências sonoras que fazem a gente levantar e aplaudir no meio da música.

Achei engraçado que nos três shows nacionais os músicos reclamaram da afinação. Mas o Gismonti explicou que afinação de violão muda até mesmo com a mudança do vento. “Violão é instrumento pra se tocar em casa”, explicou. Ainda bem que ele leva o dele pra fora de casa... E quando Luiz Bueno pediu um tempinho pra afinar seu instrumento, Fernando Melo comentou: “Trinta anos de carreira, mas 16 foram de afinação....” Yamandu arrasou, mas não perdoou: “Esse violão não afina!”

Fiquei pensando no que aconteceria se a afinação estivesse perfeita...

Com tudo isso, fiquei muito feliz por ter investido dinheiro e tempo para levar os filhos a shows, teatros, cinemas. Agora, eles devolvem isso tudo com juros e correção. E tudo com muito bom gosto.

*** *** *** *** ***

M
eu Mocó 2.0, o novo espaço de artes e costura, tem uma janela balcão que dá para um terraço onde os gatos adoram ficar. E nesses dias de calor e sol, às vezes saio e fico lá com eles – aliás, preciso providenciar uma cadeira pra mim, urgente! Aproveitei pra fazer umas fotos. A que ilustra este post é uma delas. Em outra hora mostro outras.

A Zucca, o focinho fotografado, adora subir na cadeira para ficar atrás quando a gente se senta. Não me perguntem porque ela tem esse nome. Ela é a Zucca – e pronto!

Sem comentários: