novembro 01, 2009

Farewell


Fui olhar o blog da filha e encontro um post no qual ela confessa ter abandonado o blog para se dedicar ao twitter. Eu não twito, mas estou no facebook direto. E também meio que larguei meu blog. Mas acho difícil deixar de escrever. De vez em quando uma meia dúzia de palavras não livram a gente daquele peso no coração ou daquela alegria imensa ou daquela satisfação inedizível e inenarrável. Sou redatora, trabalho com textos – o que mais posso dizer? Não digo – escrevo. É assim que as coisas saem.

E isso acontece desde muito tempo atrás. Adorava escrever redações na escola, aquilo que era castigo para muita gente era prazer pra mim. A vontade de transformar isso em ofício veio bem depois. Quando era menina, escrever era gostoso e não imaginava que alguém pudesse ganhar a vida com isso. Claro que também não imaginava que os saltos da tecnologia iriam facilitar minha vida nesse sentido...

Quando eu era menina, a vida era bem mais tranqüila – isso soa como coisa de velhinha contando o passado, mas é verdade. Hoje eu vejo a criançada comentando que o tempo passa muito depressa. Acho que a tecnologia também apressou o tempo. Mas lembrando daqueles tempos, não me vejo ansiosa pela passagem do tempo. Os dias eram muito iguais e seguiam, um depois do outro, sem sobressalto. Domingão era dia de cinema com a mãe. Filmes japoneses, na Liberdade. Cresci achando que todo mundo conhecia os atores japoneses...

E vim parar nesse papo de velhinha lembra o passado sem querer. O que eu ia contar, mesmo, era da mudança do filho – mais uma, porque esse filho já foi e já voltou um monte de vezes. Agora foi pra morar sozinho mesmo. A mudança também foi tranqüila – só o raio do caminhão chegou meia hora antes. Claro que nem tudo estava pronto, mas teve de ser aprontado rapidinho. No fim deu tudo certo. Ainda faltam algumas coisinhas no apartamento, mas isso se arranja.

Importante é que ele parece estar feliz.

Achei a imagem no Google, num site de domínio público. Não tem muito a ver com o que estou sentindo (acho que a moça está sofrendo bem mais), mas achei bem bonita. Então, vai essa mesma!

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