abril 19, 2007


Sujeito a chuvas e trovoadas

Já é dia 19 – e nada. Dinheiro na mão é vendaval, diz o príncipe Paulinho da Viola, mas eu digo que mão sem dinheiro é furacão com status de tsunami. Aí me liga a moça do cartão de crédito, pra cobrar a conta que já ganhou carimbo de calote certo. Moça, é o seguinte: devo, não nego, pago quando tiver dinheiro. E como não tem outro jeito, dou risada: a moça deve pensar que estou tirando sarro...

No trabalho, dizem que há luz no fim do túnel. Só que ninguém explica onde está o fim do túnel. Acho que ninguém sabe. Eu explico para as pessoas que já raspei o fundo do tacho e agora estou consumindo o tacho mesmo. Que não vai durar muito...

Recebi uma proposta de trabalho num dia (anteontem), retirada praticamente no dia seguinte. Por sorte, já tinha decidido que não ia aceitar antes de a proposta ser retirada. Na verdade, ainda não foi oficialmente. Mas continuo achando que não vale a pena sair do incerto para ir ao duvidoso. O incerto é menor, mais transparente e, por enquanto, não tenho motivos para achar que as pessoas sejam mau-caráter. Já no duvidoso, é certeza que o dono pode não ser mau caráter que todos dizem que é, mas é vigarista de carteirinha com firma reconhecida.

E tem ainda o fato de ter abandonado o certo a preço baixo para ir atrás de um sonho que não é meu. Mas entrar no sonho dos outros não é sonhar junto? Vai, no meu caso, não sonho com isso. Mas aposto – ainda, apesar de tudo.

Às vezes me acho uma completa imbecil...

Sem comentários: