julho 24, 2005

Acabei de ler o sexto Harry Potter. E estou indignada: será que J. K. Rowlings já começou a escrever o último livro da série? Espero que sim. Porque aí não demora dois anos pra sair. Este sexto volume explica um monte de coisas, junta um monte de informações que ficaram meio sem explicação nos livros anteriores, mas deixa outro monte de dúvidas. Harry não está preparado para enfrentar Voldemort, o Lorde das Trevas, isso fica claro quando ele enfrenta Severo Snape. Dumbledore morreu e Hogwarts pode ser fechada. Claro, Ron e Hermione continuam ao lado dele. Mas Harry afasta dele a menina por quem ele está apaixonado de verdade, Ginny, a irmã de Ron, dizendo que não quer colocar a vida dela em risco. "Você sempre tem essas atitudes", diz ela. "Acho que é por isso que gosto tanto de você." Desconfio que no próximo livro ela vai ficar ao lado dele, mesmo que ele não queira. A gente já viu isso no Homem Aranha...

De qualquer forma, bati meu recorde. Li um livro de 652 páginas, em inglês, em uma semana. Claro que não parei pra procurar no dicionário cada palavra que eu não entendia. Entendia o sentido geral e tocava pra frente. Palavra por palavra, vou ler a edição traduzida no final do ano. Mas bem menos ansiosa, porque agora já sei o que acontece.


Harry Potter é uma coisa curiosa. É leitura infanto-juvenil, sim. J. K. Rowlings emprega um monte de chavões, sim. Mas monta histórias de maneira maravilhosa, envolvente. O mundo dos bruxos é muito parecido com o da gente, tem bruxos maus e bons, mortes, lutas. Amizade, amor, carinho, admiração, ódio, sacrifícios, tudo isso cabe no mundo mágico. Tem até um professor que procura se cercar de filhos de gente importante ou alunos que se sobressaem pra garantir amizades que possam render alguma coisa pra ele. Parecido com um monte de gente que a gente conhece, não é verdade?

Os políticos que mandam nesse universo mágico também se parecem com os que a gente conhece. O novo ministro da Magia, por exemplo, quer que Harry o apóie para atrair a simpatia do mundo bruxal. Ele não aceita, claro, porque não concorda com as decisões tomadas pelo ministério e porque é "Dumbledore's man" - mesmo que Dumbledore esteja morto.

Acho bom J.K. Rowlings já estar escrevendo o sétimo livro. Corro o risco de morrer de ansiedade...

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